Wonderland (2024), dirigido por Kim Tae-Yong, chega com uma proposta interessante, explorando a interseção entre inteligência artificial e emoções humanas. Com um elenco de peso, incluindo Bae Suzy e Park Bo-gum, o filme nos transporta para um futuro onde a tecnologia permite que as pessoas interajam com versões virtuais de entes queridos falecidos ou em coma.
Sinopse de Wonderland
No mundo de Wonderland, um serviço de inteligência artificial permite que as pessoas revivam aqueles que perderam. Baili, ao perceber que sua morte está próxima, usa o serviço para se despedir de sua jovem filha. Jung-in, cuja vida foi abalada pelo coma do namorado Tae-ju, encontra consolo conversando com uma versão virtual dele, que agora é um astronauta no espaço.
Enquanto isso, outras histórias se desenrolam, mostrando como essa tecnologia afeta diferentes vidas, todas ligadas pelo desejo de escapar da dor e da saudade.
Crítica de Wonderland
Wonderland começa com uma premissa promissora, mas logo fica claro que a narrativa é fragmentada e confusa. Tentar interligar várias histórias acaba resultando em uma trama carregada e mal desenvolvida. Embora a ideia central seja super interessante, o roteiro não consegue explicar direito como funciona o serviço de IA, deixando muitas perguntas no ar.
Os efeitos visuais são incríveis, mas o uso exagerado de tela verde e a falta de profundidade dos personagens dão uma sensação de artificialidade. A relação entre Suzy e Park Bo-gum, que deveria ser um dos pontos altos, sofre com a falta de tempo de tela e de desenvolvimento. Por outro lado, a atuação de Tang Wei se destaca, trazendo uma emoção que falta nas outras tramas.
Kim Tae-Yong parece inexperiente na direção de ficção científica, e a edição cortou cenas que pareciam essenciais para a construção do mundo, fazendo o filme parecer mais um rascunho do que uma obra completa. As subtramas desnecessárias, como a do cientista e seu pai, só distraem e enfraquecem as histórias principais.
Conclusão
Wonderland tinha tudo para ser uma exploração profunda e emocionante da tecnologia e do luto, mas se perde na própria ambição. Com muitas histórias para contar e pouco tempo para desenvolvê-las, o resultado é um filme que se torna confuso em determinados momentos e acaba não trazendo contextos para as histórias contatadas. Mesmo assim, as atuações e a ideia intrigante ainda podem render boas discussões após a sessão.
